"Maria, não! Antônia!"

Nos últimos anos da década de 80 aparecia pelas bandas do bairro São José I uma personalidade singular, simpática e ao mesmo tempo até assustadora. Seu nome? Maria. Ou seria Antônia?!
Em várias vezes quando eu saía da escola, turno matutino, que ficava havia três quadras de casa, lá estava na esquina, sentada em uma das cadeiras de um bar, uma moça, negra, cheia de trapos, que chamava a atenção de toda aquela molecada. Tinha uma deficiência mental, talvez esquizofrenia. Vivia vagando por aí. Ninguém sabia onde ela morava. Ou se era sozinha mesmo. A única forma que a meninada conhecia para interagir com ela era chamando pelo nome "Maria", ao que ela respondia: "Maria, não! Antônia!".
Não sei se ela ainda é viva. Quando passei para o ginásio nunca mais ouvi falar dela e caiu no esquecimento. A Antônia representava muito bem um problema social que ainda assola nossa sociedade. São muitos entes desqueridos que vivem vagando sem rumo nas ruas de nossa cidades. Muitos com algum tipo de transtorno mentai.

Bem, queria aqui postar uma foto da icônica Antônia, mas não tenho, e nem seria preciso, penso.


Você se lembra dela?

2 comments:

Unknown disse...

Eu lembro!!!!!
Um dia desses conversando com a mamãe sobre a escola Nega charuto, ela lembrou que o nome da escola tem esse nome em homenagem a uma "doida"(ela usou esse termo,rsrs) que andava perambulando nas ruas daqui do São José.. Pensei: Não seria ela a 'Maria Antonia' dessa época???

Unknown disse...

Na vdd, na nossa época era conhecido como Nega Charuto, as crianças de hoje só conhecem como Carolina Perolina Raimunda Almeida... Será se esse seria o verdadeiro nome da Maria Antonia? rsrsr.. São tantas as perguntas??? kkkkk

Postar um comentário