Acidente nuclear de Chernobyl

Por que anos 80 e 90?

Para uma geração, da qual faço parte, que hoje domina os ramos da tecnologia, da ciência, da política, fica muito fácil descrever a época em que foi criança, adolescente. O fascínio causado por aqueles anos desperta em nós, hoje, uma nostalgia tal que, se pudéssemos, voltaríamos àquela sensação bela e até nos arriscaríamos a sentir os conflitos de então. Não é à toa que existem muitas páginas na internet, principalmente blogs, que procuram reviver e levar os mais jovens a perceber como a década de 80 parecia ser diferente, como a década de 90 parecia nova. Que mistério há nisso?! Estamos enlouquecendo?! Bem, imagino que não. Particularmente, não consigo disfarçar o interesse pelas vivências desses anos. E tenho certeza que você, caro leitor, se viveu ao menos alguns anos dessas décadas com lembrança, não pode negar que elas despertam em você um certo encantamento. Seja pelas mudanças políticas ocorridas no Brasil e no mundo, seja pelo rápido avanço tecnológico. Seja pelas inesquecíveis músicas entoadas, seja pelos desenhos animados que invadiam muito mais as nossas ingênuas vidinhas.

Pra uma criança nem todos os acontecimentos políticos são relevantes. E é assim que tem que ser. Afinal, são os adultos que criam e, portanto, tem de resolver os problemas. Mal sabíamos, mas em 1986 um terrível acidente nuclear, o maior da história, preocupou o mundo, e as pessoas passaram a viver com a tenebrosa sensação de insegurança.
Uma sucessão de erros humanos e de projetos fez com que no dia 26 de abril a usina, chamada Usina Nuclear de Chernobyl, na cidade de mesmo nome, na Ucrânia, sofresse uma explosão em um de seus reatores, ocasionando um incêndio e uma série de explosões menores, o que jogou na atmosfera uma quantidade de radiação cerca de 400 vezes maior que a bomba atirada contra a cidade de Hiroshima, no Japão, no final da 2ª Guerra Mundial. De início o governo soviético tentou esconder o fato, mas a escalada da tragédia havia chegado a vários países europeus que detectaram um alto índice de radioatividade em seus territórios.

Tal desastre forçou a evacuação de mais de 200 mil pessoas que viviam em Chernobyil, Prypiat e nos arredores.

A usina foi vedada com aço e blocos de concretos e deverá ficar assim por muitos anos, até que o nível de radiação seja considerado aceitável.

Hoje é uma cidade fantasma.